Imaginarium of Dr. Parnassus

Título Original: The Imaginarium of Dr. Parnassus
Gênero: Aventura
Duração: 122 min
Ano de Lançamento: 2009
Direção: Terry Gilliam
Roteiro: Charles McKeown e Terry Gilliam
Produção: Amy Gilliam, Samuel Hadida, Terry Gilliam e William Vince
Música: Jeff Danna e Mychael Danna
Fotografia: Nicola Pecorini
Direção de arte: Dan Hermansen e Denis Schnegg
Figurino: Monique Prudhomme
Edição: Mick Audsley
Efeitos Especiais: FB-FX / Matte Painting / Peerless Camera Company


César
Terry Gilliam; diretor de 12 macacos, Os irmaos Grimm, Monthy pithon entre outros, foi oque dirigiu O mundo imaginario de Dr. Parnassus. E dirigiu bem. O filme todo é uma explosão de cenas bonitas, com atuações maravilhosas e enredo que nos segura na poltrona de uma maneira esplêndida.
Dr. Parnassus foi o ultimo filme de Heath Ledger. Fiquei muito triste, a cada cena que se passava, só de pensar que nunca mais vou ver um novo trabalho desse ator magnifico. Enfim, Heath não morreu; foi imortalizado. Todo mundo vai lembrar de Candy, O segredo de BrokenBack mountain e dele como o melhor Coringa (sorry, Nicholson, but it's true) da história do cinema.
A fotografia do filme é muito psicodélica; e o desfecho final é bem instigante.
Vale a pena ir ao cinema ver O mundo imaginario de Dr. Parnassus. Depois do resultado final, você vai sair do cinema "extasiado".

André
Num dia de pouquíssima inspiração, as palavras são poucas! Em linhas bem gerais, o último filme do Ledger é ótimo. Tem um bom roteiro (é impressionante como tudo que envolve o tal do pacto, fica mais interessante), maquiagem e direção de arte excepcionais, de saltar os olhos!
Achei excelente todas as vertentes do mundo imaginário que se esconde por trás do espelho.Ao mesmo tempo que pode ser fantástico, pode também ser letal. Vida e morte se misturam. É genial a paradinha do espelho.
O filme é fantástico, engraçado e dramático ao mesmo tempo. Com um ótimo final! Atuações nada muito chamativas, mas corretas. Achei muito inteligente como o diretor trabalhou com o Law, Depp e Farrell para suprir a perda do Ledger, um cara que tinha um futurão (pena..).
Christopher Plummer é ótimo, né?! Quase sempre!
Então, pra quem não viu.. vale muito a pena conferir!

Denise
O mundo imaginário do dr. Parnassus estava na minha lista de um dos filmes mais aguardados do ano, e quer saber? Valeu muito a pena esperar. Depois do fracasso de Os irmãos Grimm, Terry Gillian criou um filme de fantasia muito mais envolvente e até mesmo, sinistro.  O filme é lindo visualmente e vale também pelo grande elenco, sem contar que foi nossa despedida a filmografia de Heath Ledger. Creio que dr .Parnassus não foi pensado dessa forma inicialmente, fazendo a  troca de personagens sempre que Ledger entrava no mundo imaginário. Pra mim foi a melhor sacada do filme, sendo que atravessando o espelho, você podia ser quem quiser. Ótimo filme, indico!

O coração louco de Jeff Bridges

Vamos falar do vencedor do oscar de melhor ator, Jeff Bridges… Mas, quem é Jeff Bridges?
Aposto que muita gente andou perguntando, “quem é aquele cara estranho que ganhou oscar de melhor ator?”.

No final , Jeff Bridges não é um estranho. Possui uma estrela na calçada da fama e há muito, vem nos comovendo com seu trabalho:  Provocação (2004), K-Pax (2001), O pescador de ilusões (1991), Paixões violentas (1985), o mais recente e que o escalou à  prêmios por sua atuação, Crazy Heart (2009).

Tambem participou do elenco de King Kong, de 1976; Entre muitos outros ótimos filmes.
Um cinéfilo, com conhecimento mais avançado, reconhece Jeff Bridges de longe.
Observação: Indico todos os filmes, que eu citei logo acima.

Para vencer o oscar de melhor ator, ele teve que passar por cima do Nelson Mandela, que foi muito bem interpretado por ninguem menos que Morgan Freeman (Invictus). Contornou o George Clooney, que fazia o papel de um funcionário que demitia pessoas (Amor sem escalas). Ainda passou por cima de Jeremy Rennet (Guerra ao terror) e Colin Firth (A single man).E o papel que levou Bridges ao topo? Um cantor country, alcólatra e falido. Sim, isso mesmo.

“Coração louco” não é tudo aquilo que a mídia diz. A trilha sonora bem “caipira” do filme e a atuação, não só do Bridges, mas tambem dos coadjuvantes, Colin Farrell e Maggie Gyllenhaal, nos dão forças para ver o filme até o final. Ver o Jeff Bridges em constantes transes alcólicas, ou a necessidade nada inerente de ficar sóbrio, faz valer a pipoca.O maior detalhe do filme: ele ser tão espontâneo; Parece que o tal “Bad Blake”, é o Jeff Bridge na vida real mesmo.

Recomendo “Coração louco”, como um ponto de partida aos filmes de Jeff Bridge, para quem nunca presenciou seu trabalho. Afinal, após ganhar globo de ouro, oscar e mais algumas premiações pela sua bela atuação, o trabalho do cara deve ser reconhecido.

Filmografia: Jeff Bridges

Mary e Max (2009)

Título Original: Mary and Max
Gênero: Animação
Duração: 80 min
Ano de Lançamento: 2009
Direção: Adam Elliott
Roteiro: Adam Elliott
Produção: Melanie Coombs
Música: Dale Cornelius
Fotografia: Gerald Thompson
Direção de Arte: Craig Fison
Edição: Bill Murphy
Elenco: Toni Collette, Philip Seymour Hoffman (vozes)

Esse mês, a coluna "Quatro análises" vai ser mais utilizada que as outras, devido a quantidade de ótimos filmes que vão ser lançados no cinema.



César
Melancólica, depressiva, irônica, porém bonita, Mary and Max mostra um novo rumo para as animações adultas. Sua bela fotografia, detalhes bem construidos e trilha sonora perfeitamente ajustada para casos alternados na história, só trazem mais emoção ao filme. Tirando os assuntos pesados que são mostrados, o filme tambem mostra o valor da amizade, o que é o ápice da animação.
Traçando tragédia com pitadas de sarcasmo, Mary and Max é o tipo de animação que não podemos deixar de ver.

André
Fazia tempo que não assistia a algo tão emocionante. Na verdade faltam até palavras para falar desta fantástica realização. É impressionante como em "Mary and Max" tudo funciona tão harmoniosamente. A história de amizade entre uma australiana de 8 anos e um velho nova-iorquinho de 44 é profunda, sensível e ardente, como a vida.
Com doses certas de drama e comédia a animação trata de questões delicadas como por exemplo, as debilidades psíquicas, a homossexualidade, o abandono e, principalmente, a solidão.
"Mary e Max" que é baseado em uma história real, é uma das tantas obras do gênero que confirmam a ideia de que a animação nada mais é que uma técnica diferenciada empregada para contar uma história, o que desconstrói a idéia de inferioridade que está, muitas vezes, a ela vinculada (absurdo!).
Indico a todos! Com certeza um dos melhores filmes de 2009. O melhor do gênero!
PS: lenços poderão ser úteis.

Alex
Com um clima bem depressivo desde o início, Mary e Max é uma história sobre amizade, sobre sentimentos em um mundo sem cor; baseado em uma história real, o que lhe faz ficar ainda mais impressionado durante o decorrer do filme, esta animação apesar de triste, consegue buscar o humor em diversas situações, apresenta cenas bonitas que te fazem sorrir assim como as que te fazem chorar, é meio um carrosel de emoções onde você não sabe se terá um final feliz ou trágico.
O filme mostra um lado muito real do nosso cotidiano, e explora muito bem os sentimentos de personagens com conflitos que muitos de nós temos, afinal amizade sincera é algo que todos buscam; Quanto a parte técnica, o estilo em que as cenas foram feitas e a fotografia são perfeitas, deixa a produção com um jeito único, bem dentro de sua própria atmosfera.
Melhor animação que já vi! Emociona, diverte, faz pensar, e no meu caso me identifiquei bastante com a história, acredito que o mesmo acontecerá com muitos. Óti o fil e.
"Deus nos deu os parentes. Graças a Deus podemos escolher nossos amigos"

Denise
Eu entendo que Mary e Max é cercado de melancolia, e a história, conduzida de uma maneira bem leve, com momentos engraçados até, pode ser analisada de uma forma mais "otimista". Apesar da solidão em que a menina de 8 anos e seu "amigo de correspondência" vivem, é possível ver no simples esforço deles, o desejo de se abrir para o mundo e se tornarem presentes. Antes de se entregar para o vizinho gago, ou de encarar o pestinha da escola, você precisa aprender a lidar com seus defeitos e amar você mesmo em primeiro lugar.
Mary e Max dramatiza a importância da amizade de uma forma bem tocante e realista, e como o André bem disse, lenços poderão ser úteis. Direção de arte impecável, trilha belíssima, definitivamente uma das melhores animações que eu já vi!

Querido John (Dear John, 2010)

Título original: Dear John
Gênero: Drama
Duração: 105 min.
Ano de lançamento: 2010 (EUA)
Diretor: Lasse Hallström
Produção: Marty Bowen, Wyck Godfrey
Roteiro: Lasse Hallström, baseado em romance de Nicholas Sparks
Fotografia: Terry Stacey
Trilha Sonora: Deborah Lurie
Elenco: Channing Tatum, Amanda Seyfried, Richard Jenkins, Henry Thomas, D. J. Cotrona, Cullen Moss, Gavin McCulley, Jose Lucena Jr., Keith Robinson, Scott Porter, Leslea Fisher.


César
Dear john pode não ser um ótimo filme, mas no fundo, é muito lindo, mesmo. Quando eu disse que queria assistir, muitas pessoas (Denise Carvalho) tiraram sarro da minha cara. Até eu tirei sarro da minha cara, mas quando terminei de ver, pensei: "fuck =/". O filme emociona em várias cenas (isso não quer dizer que eu tenha chorado).
Por fim, dear john é um filme destinado, basicamente, ao publico feminino, por ser bem sensível e delicado. Isso não quer dizer que, você, marmanjão, barbado e ogro-man não possa ver.
Não consigo fazer uma critica concreta do filme, então é isso.

André
Um dia depois de conferir um filme no qual a personagem de Amanda Seyfried é uma verdadeira chave de cadeia, a diaba Chloe que dá nome ao longa, assito hoje a um outro, com a mesma atriz, porém aqui a moça é super inofensiva, toda certinha, apaixonante! Em ambos ela manda muito bem! Tem feito por merecer toda essa projeção conquistada nos últimos meses.
Acho que vou destoar um pouquinho aqui dos meu colegas. Achei o filme bem mediano, super normalzinho, para ser sincero é mais um romance de fácil vendagem como tantos que acertam em cheio o coração da maioria das pessoas. Não é que seja niilista, desperançoso ou algo do tipo, mas não consigo achar muita graça em filmes "bonitinhos" que são conduzidos para um happy end. A vida nem sempre é tão generosa, quase sempre não é, rs. Nada contra os romances! Amo "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain", por exemplo.
Acho que o que falta à maioria dos filmes de romance são razões concretas para os conflitos. Em "Dear John", por exemplo, não considero nada justificável o casamento (assistam e saberão do que falo). Existem tantas maneiras de se ajudar sem se comprometer...
O filme é bonitinho, como disse. Há quem goste!
Não desanimem de Dear John por conta das minhas palavras! Tenho certeza de que sou uma exceção à uma provável regra, rs.
Trilha sonora muito gostosa, bem compatível com o filme. Atuações corretas!

Alex
Em poucas palavras, o filme não é interessante, se quiser ver um filme pra chorar veja Click ou Hachiko, estes sim podem te fazer chorar, Dear John é simplesmente um filme bobinho de sessão da tarde, pode ter "algumas" belas cenas mas não passa disso, é o tipo de drama que vão acontecendo as coisas e você se pergunta: "tá, e daí?", não tem emoção nenhuma, e o lance da comunicação por cartas ficou muito fraco assim como todo o drama do filme, completamente uma perda de tempo.

Denise
Não se pode negar que as obras de Nicholas Sparks são apaixonantes. Depois do sucesso de 'Diário de uma Paixão' e 'Um Amor para Recordar', agora foi a vez de Querido John ganhar espaço nas telonas. John Tyree (Channing Tatum) é um soldado americano que se apaixona por Savannah Curtis (Amanda Seyfried), uma estudante querida por todos na cidade em que mora. Após os ataques de 11 de setembro, John é convocado e os dois passam a se relacionar através de cartas. Se você está achando que Querido John é aquele típico drama em que o cara vai pra guerra, morre e todo mundo chora ao final; engana-se. Sem entrar em detalhes, porque qualquer explicação aniquilaria suas expectativas, só digo uma coisa: Querido John é lindo! E para os mais sensíveis, lenços serão MUITO bem vindos!


A caixa (The Box, 2009)

Título original: The Box
Gênero: Terror
Duração: 115 min
Ano de Lançamento: 2009 (EUA)
2010 (Brasil)
Direção: Richard Kelly
Roteiro: Richard Kelly,
baseado em história de Richard Matheson
Produção: Richard Kelly, Dan Lin,
Kelly McKittrick e Sean McKittrick
Música: Win Butler, Régine Chassagne
e Owen Pallett
Fotografia: Steven Poster
Direção de arte: Priscilla Elliott
Figurino: April Ferry
Edição: Sam Bauer
Efeitos Especiais: Gradient Effects
Quantum Creation FX

Hoje (29), o cubo critico só terá 3 lados.

César
Duas coisas que você precisa saber sobre o diretor de "A caixa": Primeiro que ele é o mesmo que dirigiu o filme Donnie Darko; e Segundo... ele fuma maconha, só pode. A caixa, assim como Donnie Darko, é uma viagem. Pense que voce tomou muita vodka, alucinógenos e saiu brisando em tudo... é isso que voce vai sentir vendo o filme. O enredo é um pouco lento e bem confuso, mas tudo "se explica" no final.
A parte técnica é maravilhosa! Aquela fotografia bem anos 70, com ar de "O iluminado", da um tom mais agradável ao ver o filme. A trilha, maquiagem e tudo mais, bem feitos mesmo.
Agora, se você vai ver A caixa pensando que é um filme de terror, cheio de monstros, sangue e muita morte, só uma coisa: NÃÃO é um filme de terror. É um thriller.
Vale a pena assistir para tirar as proprias conclusões (:

Alex
Sem dúvida alguma A Caixa vem para reafirmar o que foi mostrado em Donnie Darko: Richard Kelly é um gênio! Nunca vi trabalho igual, simplesmente incrível!
Foi com toda essa emoção que eu fiquei ao ver A Caixa, o filme promete muito mais do que seu trailer e sinopse apresentam, a história cresce com uma magnitude impressionante, a caixa em si é apenas a ponta do iceberg, ela na verdade representa uma escolha, o filme é todo sobre escolhas, é nisso que o filme te prende pois a vida é feita de escolhas.
Ótimo roteiro, ótimo desenvolver da história e ótimos personagens, em especial o "garoto do mal" (quem ver vai reconhecer) em diversas vezes fazendo aquele sinal que ninguém entende, e por falar nisso, apesar de alguns não entenderem, este filme explica praticamente tudo se comparado ao Donnie Darko, portanto não espere sair confuso ao final do filme.
É sim um filme que dividirá opiniões, ele não se enquadra dentro dos padrões que todos conhecem, é um filme para o publico pensante, um filme que cresce junto com a história e os personagens, um filme que por ser "diferente", pra mim, alcança a perfeição.

Denise
Antes de qualquer coisa, A Caixa não é do gênero de terror e infelizmente não é tão eletrizante quanto parece ser. Norma Lewis (Cameron Diaz) é uma professora e o seu marido, Arthur (James Marsden), um engenheiro da NASA. Diante de problemas financeiros, o casal recebe uma caixa de um homem misterioso que lhes faz a seguinte proposta: se apertarem o botão eles ganham 1 milhão de dólares, só que ao mesmo tempo alguém que eles não conhecem morrerá.
Em quase duas horas de duração, A Caixa não deixa de ser interessante, só que perde um pouco o ritmo ao fazer certos questionamentos sobre existencialismo. Dirigido por Richard Kelly, a história completamente nonsense parece ter encontrado a pessoa certa, já que o diretor tem o tão bem conceituado Donnie Darko (2001) em seu currículo. O filme é bem legal, daqueles para ser visto despretensiosamente.
Só não indico se você estiver com vontade de roer as unhas e se encolher na cadeira do cinema.

Atraídos pelo Crime (2009)

Título Original: Brooklyn's Finest
Gênero:Policial
Duração: 132 min
Ano de Lançamento:2010
Direção: Antoine Fuqua
Roteiro: Michael C. Martin
Produção: Elie Cohn, Basil Iwanyk, John Langley, Avi Lerner e John Thompson
Música: Marcelo Zarvos
Fotografia: Patrick Murguia
Direção de arte: Peter Baran
Figurino: Juliet Polcsa
Edição: Barbara Tulliver
Efeitos Especiais: Brainstorm Digital

César
Sobre o título, faço das palavras do Mau saldanha, as minhas: "Mais um titulo traduzido por gente que parece nao querer traduzir filmes, nao ter saco para traduzir filmes,nao ter vontade, nao ter animo, nao ter sagastidade.
Poxa pra nao enteder que brooklyn's finest é o melhor do brooklyn, o mais fino do brooklyn. O melhor do brooklyn é uma ironia. Atraidos pelo crime, que titulo é esse? Quem é que vai se atrair por um titulo desse?"
Eu vi esse filme sem expectativas nenhuma. Mesmo sabendo que o diretor de "Atraídos pelo crime" é o mesmo de "Um dia de treinamento". Depois de meia hora de filme, nao podia conter a ansiedade desesperadora que desenrolava a cada minuto que passava.
Filmes policiais: Aparece a luz no fim do tunel. Não que o filme seja sensacional, magnifico, exuberante, mas para o genero extinto, Brooklyn's finest mostra que sim, ainda pode ter esperança em BONS filmes policiais.

André
A ideia de trabalhar com questões éticas relativas à profissão era ótima, mas "Atraídos pelo Crime" passa um pouco longe de ser considerado, ao menos, bom. Achei o filme cheio de ícones, muitas coisas acontecem paralelamente e isso faz com que a narrativa seja um pouco incoerente e se perca em vários momentos. Acredito que a intenção era de fazer algo bem dinâmico, mas o problema não é a edição e sim um melhor desenvolvimento do roteiro.
Infelizmente o filme é repleto de situações previsíveis, lugares comuns e de personagens estereotipados. Atuações medíocres e uma trilha sonora bem chata.
Ao final, cheguei à conclusão de que só o dilema do personagem do Ethan Hawke tenha valido as mais de duas horas de filme. Faço ainda côro aos comentários dos meus colegas a respeito da tradução do título do filme: péssima!

Alex
Logo no começo a essência do filme é passada: um clima escuro e pesado mostrando políciais com problemas por estar em constante contato com o mundo do crime. A história toda é completamente centrada nos personagens, na verdade seus conflitos internos e externos são a própria história.
Apesar de certas cenas empolgantes o filme é chato, não traz nada novo, por ser focado nos personagens possui muito diálogo e uma ênfase no drama de cada um, o que apresenta de diferente é justamente apresentar uma história focada nos personagens e não em si mesma, mas não gostei desse estilo para um filme policial.
O que o filme tem de melhor e o que te faz não se arrepender de ter visto, é o clima pesado e as fortes atuações, que lembram bastante Um dia de treinamento (afinal é do mesmo diretor), mas não é o suficiente pra prender sua atenção na tela, não te dá ânimo algum de continuar vendo.
Direção excelente mas roteiro falho, faltou um desenvolvimento melhor em uma história de verdade e não só nos personagens, porém a idéia acredito ter sido esta mesmo então foi simplesmente uma tentativa que não deu certo, filme fraco no contexto geral.

Denise
Não que eu tenha gostado do filme, mas por favor, ELIMINEM da cabeça de vocês esse título horroroso, porque ele é capaz de estragar qualquer tipo de expectativa. Longa metragem do gênero policial já é uma raridade, e quando finalmente resolvem produzir um, a criatividade toma conta e fazem isso: Brooklyn's finest se tornou Atraídos pelo crime.
Quando os meninos optaram por esse filme, tive uma resistênia enorme, afinal o gênero policial caiu no esquecimento e o pouco que é produzido não foge do óbvio. Diretor de O Dia de Treinamento, Antoine Fuqua cumpre bem seu papel, só que focando nada de excepcional .
Apesar do grande elenco, Atraídos pelo crime não atinge sua pretensão, tentando ser mais complexo do que realmente é.

Alice no País das Maravilhas, 2010

Título Original: Alice in Wonderland
Gênero: Aventura
Duração: 108 min
Ano de lançamento: 2010
Direção: Tim Burton
Roteiro: Linda Woolverton, baseado em romance de Lewis Carroll
Produção: Tim Burton, Joe Roth, Jennifer Todd, Suzanne Todd e Richard D. Zanuck
Música: Danny Elfman
Fotografia: Dariusz Wolski
Direção de Arte: Tim Browning, Todd Cherniawsky, Andrew L. Jones, Mike Stassi e Christina Ann Wilson
Figurino: Colleen Atwood
Edição: Chris Lebenzon

Hoje (28), o cubo critico só terá 3 lados.

César
Não é do Tim Burton! Não é do Tim Burton! Não é do Tim Burton! Não é do Tim Burton! Não é do Tim Burton! Não é do Tim Burton!
PORRRRA Tim Burton, pra que essa merda? =/
#AliceEpicFail

Alex
Alice no País das Maravilhas é uma das histórias mais conhecidas e de grande sucesso que existem, por isso as produções recentes não apenas fazem um "remake", mas sim um tipo de continuação da história original, como é o caso da minissérie Alice (só possui dois episódios vale muito a pena conferir), este filme também é sobre Alice retornando ao País das Maravilhas para salvar os habitantes escravizados pela Rainha Vermelha.
Por ser um grande fan da história original eu acabo sendo muito crítico quanto aos personagens, mas deve-se levar em conta que eles não são os mesmos, suas personalidades se alteraram por passarem um longo tempo sofrendo as perseguiçoes da Rainha, porém mesmo assim achei que faltou um pouco mais de insanidade nos personagens, principalmente no Gato risonho e o Chapeleiro. Já as atuações ficaram perfeitas, destaque para Mia Wasikowska (Alice) que representou muito bem a confusão que Alice passava pelos momentos do filme, e também Helena Bonham (Rainha Vermelha) que conseguiu mostrar seu personagem de uma forma mais humana, fazendo dela não só uma vilã mas um ser com sentimentos e problemas pessoais.
Os efeitos dispensam comentários, simplesmente impressionantes, por exemplo Tweedle-Dee e Tweedle-Dum com expressões perfeitamente reais.
O melhor de Alice in Wonderland na minha opinião é a loucura dos personagens e isso faltou no filme, porém o resto é perfeito: Fotografia, Direção, Elenco, Efeitos...
Espero algum dia fazerem uma versão mais doida, fiel aos personagens do original, ou até mesmo de terror, seria interessante. Já existe Alice (1988), um "terror" que não assusta mas é bizarro, vale muito a pena conferir!

Denise
Uma coisa é certa, pra gostar dessa nova versão de Alice produzida por Tim Burton tem que ser muito fã da história. Eu fiquei completamente decepcionada com o resultado, o filme é absurdamente chato! Alice, agora bem mais velha, retorna ao país das maravilhas para libertar seus amigos das garras da Rainha Vermelha.
Venho falando isso desde Avatar, essa 'geração 3D' vai ludibriar todo mundo a ponto que as pessoas não dêem importância a qualidade do filme. Não acontece nada em Alice, pelo menos nada que prenda o espectador. Fora os personagens, muito bem criados por sinal, a história é insossa. Como mesmo disse o crítico Maurício Saldanha, a Mia Wasikowska não tem carisma nenhum, deixou muito a desejar no papel de Alice. Johnny Depp não fez nada de extraordinário e fiquei envergonhada com a atuação de Anne Hathaway. Bola fora heim Tim Burton!
PS: não gaste seu dinheiro com exibição em 3D, é praticamente a mesma coisa do normal!

Tudo pode dar certo (2009)

Título Original: Whatever Works
Gênero: Comédia
Duração: 92 min
Ano de Lançamento: 2009
Direção: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen
Produção: Letty Aronson e Stephen Tenenbaum
Fotografia: Harris Savides
Figurino: Suzy Benzinger
Edição: Alisa Lepselter




André
Ele já nem precisava provar nada para ninguém, mas Woody Allen parece querer mostrar que, mesmo depois de muuuuito tempo atuando como diretor e roteirista, sua capacidade de discurso e criatividade está longe de se exaurir. Pelo menos é isso que fica latente no seu novo filme, “Tudo pode dar certo” que acaba de ser lançado nos cinemas.
Comédia madura, cheia de nuances e deliciosamente sarcástica. Perceba como é hilariante e irônica a forma como o personagem principal estranha a vida e se choca com a realidade. Nossos infortúnios são tratados de maneira tão cômica que é impossível não rir deles – o que é muito estranho.
Mesmo diante da infelicidade, das perdas, da realidade um tanto quanto cruel em várias situações, tudo (e quando digo tudo, é tudo mesmo), tudo pode dar certo! No filme então... até mesmo quando o personagem principal decide interromper a vida, existe algo providencial que altera o rumo das coisas para que ele perceba que tudo pode.
Para mim, fica a mensagem de que somos seres “predestinados” ao sofrimento em determinado contexto de nossa existência. Não é possível viver sem eles. Até a escolha pelo amor, é uma opção implícita pelo sofrimento, pois perdas e rompimentos são reais e causam infelicidade ou desamor em determinado estágio da vida. Ao mesmo tempo, somos seres para os quais a felicidade é sempre potencial e disponível. Se tudo pode dar certo...
O filme conta com um elenco muito bom! Evan Rachel Wood prova, mais uma vez, que é uma atriz promissora e Patrícia Clarkson, ahh a Patrícia é sempre perfeita, né? Larry David, magnífico!
Super recomendado!

Alex
Whatever works seria melhor traduzido como "O que der certo", o filme fala sobre essa improbabilidade de determinados eventos ocorrerem gerando um fluxo harmonioso em meio ao caos da vida, uma filosofia descentralizada voltada à visão de um cenário completo onde o que der certo é o que está valendo. Meio confuso? pois é, o filme é repleto de idéias cult e pensamentos filosóficos, gênios e ignorantes divertindo o publico com seus diálogos bem elaborados e irônicos.
Toda a idéia do filme se baseia na mudança que os personagens sofrem, menos Boris Yellnikoff (Larry David), o gênio sarcástico da história toda, enfim, o que o filme tem de engraçado tem de interessante, nos leva a um outro nivel de divertimento.

Denise
Tudo pode dar certo é aquele tipo de filme que o espectador, a cada minuto que passa, fica ainda mais excitado. É uma característica do Woody Allen criar seus personagens à sua imagem, pelo menos eu vejo muito do diretor neles. Em Noivo Neurótivo, Noiva Nervosa (Annie Hall, 1977) por exemplo; mesmo Allen insistindo que o papel de Alvy não é autobiográfico. Boris Yellnikoff (Larry David) é um velho rabugento que não vê sentido no modo com a espécie humana se comporta. De uma forma bem mais sarcástica e ácida, Allen pareceu reunir todas as insatisfações de seus personagens anteriores em um só, e deu nisso, uma obra prima como neunhuma outra. Palmas para Evan Rachel Wood (Melanie) que nunca esteve tão bem! Tudo pode dar certo é sem dúvida um dos melhores filmes de Woody Allen, e podemos esperar por mais alguns desses!

César
Não tem mais o que falar, desde que, meus colegas de blog ja falaram tudo!
O filme é uma obra de arte, onde deve ser contemplada. Tremendamente hilaria, sarcastica e inteligente. Woody Allen, novamente, fala com o espectador; Mostra que não perdeu o dom de criar obras de artes cinematográficas.
As atuações não deixam a desejar, Evan Rachel Wood e Patrícia Clarkson, dupla dinâmica feminina de boas atuações, senão o melhor papel da carreira, de ambas. Boris, personagem principal representado por Lary David, é, com certeza absoluta, Woody Allen.
Não acredito em listas, mas, se eu fizer uma, whatever works estará entre os dez melhores filmes que eu ja vi na vida. (sem exagero)!


Comercial da BMW, 2001


Você ja viu aquele famoso comercial da BMW, de 2001? Aquele com a Madonna e Clive Owen, dirigido pelo Guy Ritchie? Não viu?

AH, não! Essa é a oportunidade.
Muito FODA, mesmo!

Sim ou não?



"Segurança Nacional"
Sim ou não?


NÃO!



Ou sim, ri litros no filme. Se for ver esteja preparado para sentir vergonha alheia de todo o elenco, equipe técnica e de você mesmo por ter gastado sua vida assistindo isso.



Porra, Milton Gonçalves.

Coco antes de Chanel (2009)


Definitivamente! O sofrimento só pode ser um pré-requisito básico para a posterior ascensão pessoal. São muitos os personagens da vida real ou da ficção que cortam um dobrado para depois serem reconhecidos e respeitados.

A história da estilista francesa Gabrielle Bonheur Chanel, ou apenas Coco Chanel, só é mais uma das tantas que fazem qualquer infeliz se animar, mesmo depois de comer mais uma fatia do pão em que o diabo insiste sapatear.

Brincadeiras à parte, a história de Chanel é uma inspiração. Para quem não a conhece, Coco foi abandonada, pelo pai, juntamente com a irmã em um orfanato católico. A menina aprendera desde os sete anos como a vida podia ser inflexível e dura. Ao longo da infância e parte da adolescência esperou pelo retorno de um alguém que nunca mais voltaria a ver. Após deixar o orfanato, as jovens passaram a ter de encontrar os meios para a própria subsistência: costuravam ao longo do dia e cantavam na boemia das noites parisienses.

O subúrbio da cidade das luzes era o lugar de uma jovem resignada e de gênio extremamente forte que seria considerada, por muitos, como a primeira mulher moderna de que se têm notícias.

E não é exagero! Além de romper com o classicismos que se estendia à moda do início do século XX (nos vestidos longos, pomposos e de matizes fracas), Chanel era uma mulher de comportamento nada usual no contexto em que viveu. Tinha um espírito de contestação que refletia da maneira de lidar com o amor ao sexo. Apesar de ter se apaixonado, nunca se conformou com a submissão feminina apregoada pela doutrina cristã. Fumava, bebia, questionava o poder patronal e não tinha medo de muita coisa, inclusive de montar a cavalo com as pernas separadas pelo dorso do animal.

A tarefa de dar vida à essa mulher que podia engolir qualquer igual do sexo oposto com o olhar penetrante, ficou a cargo da bela e competente Audrey Tautou, a eterna Amélie. A atriz, também francesa, está impecável!

Como o título aponta, o filme apresenta, de maneira bem resumida, a emergência de Coco na moda francesa e mundial. Mostra também o breve relacionamento entre a estilista e o magnata Balsan que chegava a escondê-la dos amigos devido à falta de modos da moça. Ahh e o que é fundamental para as mulheres: tem romance sim e é quase impossível não sentir algo diante de um devotamento tão puro entre Chanel e Arthur Capel, o Boy – seu maior amor.

O filme, assinado pela diretora Anne Fontaine, é realmente belíssimo. Figurinos, como era de se esperar, magníficos; uma das trilhas mais bonitas dos filmes do ano passado; e atuações muito consistentes. Obra feita com rigor e uma estética apurada; coisas que só mesmo uma mulher conseguiria unir em um produto cinematográfico de maneira tão harmônica e convidativa.

Aproveitem!

Ensaio (2006)

A relação entre mãe e filho na maioria das vezes não é fácil. Todo mundo tem seu lado rebelde e confortador, e como o César mesmo disse, "não importa nossa idade; não importa nosso estado; não importa o momento; o que realmente importa é: essa pessoa que sempre estará ao nosso lado." Mesmo que atrasado, dedico esse post a todas as mães! O curta pode não ter um happy end, mas nos lembra o verdadeiro significado desse amor maior que o mundo.

Ensaio é um curta bem tocante, que mostra o relação de amor e carinho entre mãe e filho. Marina (Andréa Beltrão) sonha em ouvir eu te amo de seu filho Bruno (Rafael Miguel), mas ele não consegue. Através de uma homenagem que a escola preparou para o dia das mães, Bruno finalmente consegue se abrir.

Emocione-se, chore, reflita e depois...vai correndo pra mamãe dizer EU TE AMO ok? rs.

Ficha técnica

Diretor: Marcio Salem
Elenco: Andréa Beltrão, Rafael Miguel
Roberta Rodriguez
Gênero: Ficção
Ano: 2006 (Brasil)
Duração: 20 min
Local de Produção: SP

Clique aqui para assistir ao curta!

Contatos de 4º Grau (2009)


Olatunde Osunsanmi. Esta é apenas a segunda vez que ouvimos falar este nome, estreante no roteiro, mas na direção de um filme pela segunda vez, tendo dirigido A Caverna do Medo (não assisti), Olatunde estréia como roteirista de forma promissora.

O titulo refere-se aos vários tipos de contatos, sendo:

Contato de 1º Grau
- Visão
Contato de 2º Grau - Evidência
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Vou começar dizendo que nunca me interessei por extraterrestres ou disco voadores, mas esta produção conseguiu me prender a atenção do jeito que pouquíssimos filmes conseguiram.
Mas há algo que você precisa saber antes de alugá-lo: Se você der algum pulo de susto no sofá, é porque não costuma alugar filmes de terror ou que é mais suscetível a sustos fáceis, já que o filme em questão não tem nenhuma cena que nos faz esconder o rosto na coberta ou algo parecido.
Mas Olatunde sabe como usar uma câmera, proporcionando cenas muito criativas, principalmente nas cenas em que a Dra. Abbey (Milla Jovovich) usa a hipnose em seus pacientes e as montagens das cenas do filme e as “cenas reais”.
Um fato que pode decepcionar a você, durante toda projeção não vemos um misero alien, já que este filme só insinua mesmo, como quando a gravação começa a sofrer interferências e vemos o personagem que esta dentro do carro, em frente a casa da psicóloga gritando: Há algo em cima da casa!

A fotografia também é muito boa!

As atuações estão na média; Milla convence em algumas cenas, mas acaba entregando um trabalho que deixa muito a desejar, a “real” Abbey, para mim, foi a que atuou melhor, ela nos convence ao passar a imagem de uma mulher que perdeu sua filha e nunca a recuperou, além de uma pessoa atormentada.
Um detalhe que não posso deixar de fora; a falsa campanha de que o filme era baseado em entrevistas com uma psicóloga do Alaska, farsa que não durou muito, apesar dos esforços da Universal, já que esta reconheceu ter criado artigos na internet para reforçar o argumento: Baseado em fatos reais.

Nine

Se há algo que aprendi nesses últimos tempos é: Não julgue um filme pelos atores, trailers e pelo diretor.

É implorar para se decepcionar.

E foi assim com Últimos Dias de Gus Van Sant, agora estou me preparando para ficar novamente decepcionado com A Hora do Pesadelo, remake dirigido pelo estreante nos longas, Samuel Bayer (que eu já admirava após o vídeo de Smells Like Teen Spirit do Nirvana, com certeza a melhor musica deles), mas o filme em questão é Nine, de um dos meus diretores favoritos, Rob Marshall.

Antes de dizer a você o que achei de Nine, vou dar uma leve relembrada na filmografia de Rob Marshall:

- Chicago, que para mim, dispensa comentários.

- Memórias de Uma Gueixa; não era exatamente o filme que todos esperavam, mas me agradou muito, e acho que prova que Rob Marshall, assim como Tim Burton, quando faz um trabalho que poderia ter feito melhor, consegue se sair muito melhor que a média.

Então assim que eu coloquei os olhos em Nine, foi amor a primeira vista.

Todo o elenco dispensa comentários, três trailers haviam sido divulgados e só fez minha expectativa crescer, até que chegou o momento.

E para você ter uma noção do que eu passei; assim que o filme começou, a primeira cena envolvendo um magnífico cenário inacabado, aquelas dançarinas e cada personagem feminina surgindo diante de seus olhos de formas um tanto criativas, eu pensei que toda minha expectativa teria resposta, mas o futuro nem sempre guarda boas coisas.

E... Tive que parar o filme quase no meio para ir fazer alguma coisa, tamanho o meu tédio e voltar a assisti-lo.

Nesse intervalo eu pensei em Guido Contini como um alter ego de Rob Marshall; seus primeiros filmes sendo um sucesso, mas com os que viram em seguida não tão bons assim, tanto que um dos personagens diz assim para o diretor:

Eu assisti alguns de seus filmes, os bons.

Com certeza o filme tem belas cenas musicais, Be Italian, de Fergie tem a melhor coreografia e Take It All de Marion Cotillard empolgando, mesmo os números de Penélope Cruz (que foi até indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante), Judi Dench, Sophia Loren (em um belo cenário) e as outras garotas premiadas do elenco são excelentes, Daniel Day-Lewis também não fica para trás.

Mas isso tudo só confirma uma coisa que já sei desde 2002; o talento de Marshall nas coreografias e no manuseio da câmera nos musicais.

De resto tudo o que vemos é uma competição de botox, acirrada alias, entre Nicole Kidman e Sophia Loren, esta que como Judi Dench deveria aceitar sua idade e um filme parado demais. Coisa que um musical jamais deveria ser.

Na minha opinião, um dos principais responsáveis pela minha decepção foi Maury Yeston, suas canções não tem nada demais, algumas chegando a serem até sem graça.

Além das cenas musicais e do belo começo, o filme apenas voltou a me empolgar justo no final, quando vemos os atores do filme maquiando-se, o jovem Guido andando entre os camarotes (Andale, andale), Guido conversando com um casal de atores e ao fundo, as mulheres de sua vida surgindo logo atrás dele.

O elenco esta com ótimas interpretações, Marion é a melhor com certeza, Fergie parece bem a vontade no papel de Saraghina, Nicole e Sophia mostram uma certa falta de expressão, Kate Hudson consegue se destacar em seu pouco tempo de projeção dando a abordagem certa a sua personagem, Penélope interpreta de forma muito convencedora, mas é deixada atrás por Marion, e Daniel Day-Lewis da a abordagem na medida certa a Guido, fazendo brincadeiras nas suas entrevistas para tentar tirar foco de seu filme sem roteiro, tentando disfarçar o desespero que sente.

Um belo elenco. Bela coreografia. Rob Marshall. Roteiro parado de Michael Tolkin e Anthony Minghella. Uma decepção.

A Hora do Pesadelo (2010)

O novo A Hora do Pesadelo pode não ter sido contaminado pelo vírus 3D mas foi atacado pela praga do remake. Será tão dificil assim fazer um remake realmente bom? enfim...
Desde o começo, mesmo antes de ver o filme qualquer fan sabe que Freddy Krueger é o Robert Englund e ponto final; não é que Jackie Earle seja ruim, em Watchmen no papel de Rorschach ele tava ótimo, mas como Freddy não convenceu, e mesmo com essa desculpinha de "vamos deixar o Freddy mais dark", a maquiagem também não ficou legal, esse novo Freddy ficou foi bem fraquinho.

E quanto as pragas do remake, a que atacou o filme foi a praga da história: todo remake parece ser impossivel não mexerem na história, chega a ser ridículo, e ainda mais numa franquia, é praticamente um suicídio! O filme ia até que normalzinho até chegar na hora de falar sobre o Freddy, simplesmente não gostei de como mostraram ele. Se for comparar com o primeiro, perde feio! Em todos os aspectos.

A cena do original onde a garota é arrastada pela parede é clássico, já nesse novo ela só levita e é jogada de um lado pro outro, completamente sem graça, e por sinal todas as mortes no filme foram sem sal. Uma obs. quanto a Katie Cassidy (a que deveria ser arrastada pela parede) que na minha opinião foi a única que atuou alguma coisa no filme, só erraram no figurino, logo na cena inicial ela aparece idêntica a Ruby (personagem dela em Supernatural), pra quem vê a série fica a impressão que Sam e Dean vão entrar na lanchonete a qualquer momento.
E por falar em atuação, a Nancy (Rooney Mara) também não convence nada, não tem carisma nenhum e pelo o que pesquisei, é muito novata pra um papel grande como esse, não conseguiu aproveitar a chance que teve.

Voltando as cenas, outra ótima sequência do original que virou uma cena tosca no remake, a amiga da Nancy num saco plástico na escola, ela aparece num momento nada a ver e não cria clímax nenhum, não assusta, não faz nada; até os diálogos sinistros do Freddy não tem tanto impacto, enquanto no original a cada palavra nós damos aquele sorriso que diz: "esse é o Freddy!", no remake vemos apenas algumas frases copiadas de outros filmes e nada demais.

No geral o filme não apresenta literalmente nada novo (de interessante) e nem recria o que tem de melhor no original, além de alterar a história do Freddy, atuações fracas, fotografia e direção bem meia boca, efeitos razoáveis mas não achei que ficaram ao "estilo Freddy", com excessão da cena do tapete de sangue (quem ver o filme vai saber qual é) única cena legal também, o resultado é que muitos fans (eu incluido) ficarão bem decepcionados; pelo menos não "massacraram" o filme como outros remakes fizeram com seu original, mas não ficou bom, não vale a pena ver nem ganhando ingresso de graça pro cinema.