Tudo pode dar certo (2009)

Título Original: Whatever Works
Gênero: Comédia
Duração: 92 min
Ano de Lançamento: 2009
Direção: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen
Produção: Letty Aronson e Stephen Tenenbaum
Fotografia: Harris Savides
Figurino: Suzy Benzinger
Edição: Alisa Lepselter




André
Ele já nem precisava provar nada para ninguém, mas Woody Allen parece querer mostrar que, mesmo depois de muuuuito tempo atuando como diretor e roteirista, sua capacidade de discurso e criatividade está longe de se exaurir. Pelo menos é isso que fica latente no seu novo filme, “Tudo pode dar certo” que acaba de ser lançado nos cinemas.
Comédia madura, cheia de nuances e deliciosamente sarcástica. Perceba como é hilariante e irônica a forma como o personagem principal estranha a vida e se choca com a realidade. Nossos infortúnios são tratados de maneira tão cômica que é impossível não rir deles – o que é muito estranho.
Mesmo diante da infelicidade, das perdas, da realidade um tanto quanto cruel em várias situações, tudo (e quando digo tudo, é tudo mesmo), tudo pode dar certo! No filme então... até mesmo quando o personagem principal decide interromper a vida, existe algo providencial que altera o rumo das coisas para que ele perceba que tudo pode.
Para mim, fica a mensagem de que somos seres “predestinados” ao sofrimento em determinado contexto de nossa existência. Não é possível viver sem eles. Até a escolha pelo amor, é uma opção implícita pelo sofrimento, pois perdas e rompimentos são reais e causam infelicidade ou desamor em determinado estágio da vida. Ao mesmo tempo, somos seres para os quais a felicidade é sempre potencial e disponível. Se tudo pode dar certo...
O filme conta com um elenco muito bom! Evan Rachel Wood prova, mais uma vez, que é uma atriz promissora e Patrícia Clarkson, ahh a Patrícia é sempre perfeita, né? Larry David, magnífico!
Super recomendado!

Alex
Whatever works seria melhor traduzido como "O que der certo", o filme fala sobre essa improbabilidade de determinados eventos ocorrerem gerando um fluxo harmonioso em meio ao caos da vida, uma filosofia descentralizada voltada à visão de um cenário completo onde o que der certo é o que está valendo. Meio confuso? pois é, o filme é repleto de idéias cult e pensamentos filosóficos, gênios e ignorantes divertindo o publico com seus diálogos bem elaborados e irônicos.
Toda a idéia do filme se baseia na mudança que os personagens sofrem, menos Boris Yellnikoff (Larry David), o gênio sarcástico da história toda, enfim, o que o filme tem de engraçado tem de interessante, nos leva a um outro nivel de divertimento.

Denise
Tudo pode dar certo é aquele tipo de filme que o espectador, a cada minuto que passa, fica ainda mais excitado. É uma característica do Woody Allen criar seus personagens à sua imagem, pelo menos eu vejo muito do diretor neles. Em Noivo Neurótivo, Noiva Nervosa (Annie Hall, 1977) por exemplo; mesmo Allen insistindo que o papel de Alvy não é autobiográfico. Boris Yellnikoff (Larry David) é um velho rabugento que não vê sentido no modo com a espécie humana se comporta. De uma forma bem mais sarcástica e ácida, Allen pareceu reunir todas as insatisfações de seus personagens anteriores em um só, e deu nisso, uma obra prima como neunhuma outra. Palmas para Evan Rachel Wood (Melanie) que nunca esteve tão bem! Tudo pode dar certo é sem dúvida um dos melhores filmes de Woody Allen, e podemos esperar por mais alguns desses!

César
Não tem mais o que falar, desde que, meus colegas de blog ja falaram tudo!
O filme é uma obra de arte, onde deve ser contemplada. Tremendamente hilaria, sarcastica e inteligente. Woody Allen, novamente, fala com o espectador; Mostra que não perdeu o dom de criar obras de artes cinematográficas.
As atuações não deixam a desejar, Evan Rachel Wood e Patrícia Clarkson, dupla dinâmica feminina de boas atuações, senão o melhor papel da carreira, de ambas. Boris, personagem principal representado por Lary David, é, com certeza absoluta, Woody Allen.
Não acredito em listas, mas, se eu fizer uma, whatever works estará entre os dez melhores filmes que eu ja vi na vida. (sem exagero)!


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