O Bebê de Rosemary

Para sair um pouco dessa chuva de remakes e continuações hollywoodianas, vamos visitar um terror antigo, um clássico: O Bebê de Rosemary, dirigido e adaptado por Roman Polanski, baseado no livro de Ira Levin. Considerado por muitos uma obra prima do terror, é um filme onde acerta em diversos aspectos.

Pra começar é muito interessante observar essa mudança no cinema quanto ao gênero, hoje em dia o terror é focado na quantidade de sangue, em O Bebê de Rosemary é tudo focado na história, literalmente tudo, não há cenas que chocam mostrando uma carnificina explícita ou algo bizarro, ou qualquer coisa que assuste, é simplesmente uma história voltada à realidade, onde situações estranhas acontecem dentro do plano real, sem fantasmas ou sustos falsos, nada sobrenatural.

O roteiro é baseado nisso: um terror psicológico com suspense durante o desenrolar do drama, e ainda com uma temática forte citando demônios e bruxaria, isso somado com a ótima direção favorecendo o suspense, criou-se um filme bem peculiar. Eu mesmo não vi nada de obra prima, só um filme diferente que não chega a ser um terror, apenas trata de uma forma sombria o desejo de uma mulher em ser mãe e os obstáculos que ela encontra; merece sim reconhecimento, além pelos pontos fortes já citados, pela originalidade, ao ver você percebe que diversos filmes se inspiraram neste.

Se você espera um terror com cenas marcantes, algo surpreendente, vai se decepcionar muito, o filme vale principalmente pela história bem desenvolvida e pela direção incrível, de resto é um filme longo onde o melhor é a ultima parte, quando Rosemary desvenda os segredos de seus vizinhos e seu estado mental explode numa paranóia que a leva para o final tendo que confrontar o destino de seu filho com seu desejo de ser mãe.

É um ótimo filme visto pelo lado técnico, e um bom exemplo de como antigamente filmes de terror tinham mais conteúdo, tinham um roteiro, enfim, era um filme de verdade, não apenas um amontoado de efeitos especiais para te assustar e encher a tela de gore.



Próxima sexta tentarei comentar algum terror estrangeiro, até!

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